De Olhos Bem Abertos - Garantir a segurança corporativa é uma tarefa que exige muita atenção, visão global e trabalho constante. Relaxar é uma palavra proibida para os gestores
Information Week
February 21, 2001
Milhões de dólares são investidos em equipamentos e softwares de última geração que, depois de instalados, ficam sem a devida atualização e melhorias necessárias ao seu bom funcionamento. O resultado não poderia ser mais aterrador: milhões de dólares jogados pelas janelas e backdoors de sistemas ineficientes e sabiamente explorados por pessoas cujas intenções são as piores possíveis.Outro problema bastante comum quando se trata de segurança corporativa é a falta de um plano de ação global. E pensar grande é colocar o tema como pauta de todo o trabalho de uma corporação. Segurança não é mais uma preocupação para quando a empresa já estiver consolidada e for grande. Segurança é para todos, em todos os momentos da trajetória de uma corporação. Foi com essa visão que a Philips, em 1996, resolveu decretar uma moratória de um ano para a aquisição de sistemas de tecnologia. "Sabíamos que a evolução do mercado levaria à necessidade de conversa eletrônica com terceiros", conta Ricardo Turra, vice-presidente de auditoria interna para América Latina da empresa. "E, para tanto, precisávamos criar uma estrutura operacional sólida e que nos garantisse segurança."Com a moratória decretada, 1996 foi um ano de muitos estudos – e malabarismos para manter a empresa operando, assume Turra – para identificar as principais vulnerabilidades e definir um plano de ação. "Uma rede padronizada minimiza os riscos em termos de segurança", acredita o executivo.Claro que mesmo com todas as precauções tomadas não livram a Philips de problemas. Segundo o VP de auditoria para América Latina, a empresa identifica e rechaça constantemente tentativas de invasão a seus sistemas. "Até o momento não há nenhum caso comprovado de acesso indevido", garante um orgulhoso, mas muito prevenido, Turra.